Zoológico americano desenvolve “Tinder” para gorilas


(Alejandro Palacio/iStock)

Tá difícil arrumar um namorado (ou namorada) que tenha tudo a ver com você? Para o gorila Baraka, do zoológico de Washington, isso não foi um desafio. Quando ele conheceu a fêmea Calaya, rolou amor à primeira vista — e o acasalamento aconteceu pouco mais de uma hora após o primeiro encontro.

Infelizmente, o mundo animal não é uma comédia romântica, e esse caso não foi uma coincidência divina. Os pombinhos foram unidos por um aplicativo de relacionamento idealizado por zoólogos — algo como um Tinder de gorilas.

O algoritmo ranqueia os animais de acordo com a raridade de seus genes, a fim de que os bebês sejam mais diversos e auxiliem na perpetuação da espécie. Nas duas últimas décadas, cerca de 70% dos gorilas ocidentais das terras baixas, nativos da África Subsaariana, foram mortos. De acordo com um estudo da revista americana Science, a epidemia de ebola extinguiu mais de dois terços da população dos primatas, levando a espécie a risco crítico de extinção.

A escala utilizada pelo app vai de 1 a 6, de acordo com a diversidade genética: quanto mais próximo de 1, mais suscetível ao cruzamento. Tanto Baraka quanto Calaya tinham 1 na escala.

Apesar disso, não é apenas sobre genética: os dois deram match também por conta de suas personalidades. O macho é tranquilo e muito atencioso com seu bando, qualidades ideias para um pai de família. Já a fêmea é criativa, confiante e peculiar, relata Becky Malinsky, curadora do zoológico.

A iniciativa não é inédita. Em 2017, uma reserva animal na Holanda criou um sistema parecido para unir casais de orangotangos, mas com o propósito de estudar as relações entre animais e como eles manifestam suas emoções.


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