Doença faz homem acreditar que é zumbi durante nove anos



O britânico Graham Harrison, de 57 anos, levava uma vida pacata na cidade de Exeter (Reino Unido). Foi quando, durante um ataque depressivo, o ex-encanador tentou se matar.

Harrison não conseguiu dar cabo à própria vida e, surpreso em ter acordado após uma tentativa de morrer eletrocutado, o homem ficou impressionado ao perceber que ainda podia falar. Ele estava convencido de que, devido ao incidente, não tinha mais cérebro.

Diagnosticado com a síndrome de Cotard, considerada uma das mais raras do mundo, Harrison entrou em uma espécie de delírio psicótico, acreditando ser um zumbi.

A síndrome – que afeta apenas algumas centenas de pessoas em todo o mundo – faz com que os pacientes achem que não precisam mais comer ou dormir bem. Por causa disso, muitos portadores de Cotard acabam morrendo de inanição.


A distorção da realidade vivenciada pelas vítimas é causada pelo mal funcionamento de uma área do cérebro chamada giro fusiforme, responsável pelo reconhecimento de rostos, e também da amígdala, estrutura parecida com uma amêndoa que processa emoções.

Durante nove anos, Harrison viveu sem olfato ou paladar, o que só agravou a falta de apetite do aposentado. Ele também não absorvia memórias novas, não sentia mais prazer em nada, e, finalmente começou fazer passeios por cemitérios, como um verdadeiro morto-vivo.

Depois de um longo processo de terapia e uso de diversos medicamentos, ele diz que se sente melhor, mas ainda não tem certeza absoluta de que não seja um zumbi.
Feed Fique ligado! Assine nosso Feed ou receba os artigos por e-mail!